Avançar para o conteúdo principal

Presa na rede

À data do nosso encontro, o oriente estava próximo
e nós crentes de que o tínhamos encontrado.
Lançámos a rede.
Demo-nos conta de que qualquer arte chega
de assalto; as ondas, vendo bem, desenham
o seu precipício. Assim fazemos, desta feita
enrolando os dedos nos cabelos, os olhos
um pouco amachucados (temendo não conseguir ver
outro oriente). E toda a geografia, deste modo,
se vai resumindo ao medo.

 Marta Chaves, in Telhados de Vidro Nº 16


Rede lançada, e eu presa nela.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

On reading

André Kertész , 1969 (fonte aqui)

Recado #31

(fonte aqui)