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Um Vasco que é Gato

Rondava-me a escrita de um Vasco que é Gato. Eu parei e passei-lhe a mão ainda ao de leve:


(...)

O nosso encontro com os dias deve produzir centelhas.
Dois martelos que partilhem o ferro da sua reabilitação recíproca.

(...)

O que eu habito é a minha vulnerabilidade.

(...)

Esta pressa de obsoleto. Que bulimia existe em nós que não nos permite a leveza de não precisar mais?

(...)

Pois é, cabe-nos o desvão onde é necessário nadar em ácidos. Estamos nus, e só o que formos nos ilibará da corrosão.

(...)

Urgência de urgência, soro administrado por contágio, assim nos prolongamos como comboios sobre o mar.


Vasco Gato, in Rusga



P.S. - Sensível como sou à sensação física, o prazer, acrescentado à leitura, de pegar no livro. Espécie de caderno tão simples que chega a ser voluptuoso.

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André Kertész , 1969 (fonte aqui)