A primeira coisa que vi foi o rasgão no sapato.
Depois, vi um rasgão no ser.
Parecia seguir com os solavancos do comboio como com os solavancos da vida - sem interesse. Tanto importava se a próxima estação fosse só mais uma ou a última.
Tinha um trólei com um rasgão maior do que o do sapato, donde se derramavam sacos de plástico cheios de coisas certamente tão numerosas quanto inúteis, porque esquecidas como ela.
Esfregava com o dedo o papel de uma raspadinha, talvez à espera do génio, mas mesmo esse se esquecia dela.
imenso rasgão..
ResponderEliminarAinda hoje me lembro dele. Foi há mais tempo do que julgava...
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