Existem coisas de que gosto como se fossem pedaços de mim.
Como gosto das minhas mãos ou dos meus olhos. Porque me definem, fazem de mim quem sou, porque são ligação para o exterior e para o outro. Estão em mim, ou eu nelas - não sei onde a fronteira começa ou sequer se ela existe.
Os livros são bom exemplo desses pedaços, talvez o melhor de todos. Magia, à falta de palavra melhor, inclusa numa forma assim "por comodidade de transporte e arrumação" (palavra de Nuno Bragança). Magia portátil, as palavras de um outro a mostrarem-te quem tu és, e como o outro és tu também.
Quanto do que tu és, livro, sou eu também? Quanto da minha individualidade faz parte do universal?
Magia, repito. Abrir as páginas de um livro é um gesto irresistivelmente perigoso.
Como gosto das minhas mãos ou dos meus olhos. Porque me definem, fazem de mim quem sou, porque são ligação para o exterior e para o outro. Estão em mim, ou eu nelas - não sei onde a fronteira começa ou sequer se ela existe.
Os livros são bom exemplo desses pedaços, talvez o melhor de todos. Magia, à falta de palavra melhor, inclusa numa forma assim "por comodidade de transporte e arrumação" (palavra de Nuno Bragança). Magia portátil, as palavras de um outro a mostrarem-te quem tu és, e como o outro és tu também.
Quanto do que tu és, livro, sou eu também? Quanto da minha individualidade faz parte do universal?
Magia, repito. Abrir as páginas de um livro é um gesto irresistivelmente perigoso.
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