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Poema à noite # 21

22

Somos quem se apresse.
Do tempo a passada
tomai-a por nada
no que permanece.

Tudo o que acelera
foi depressa e vão,
no que fica espera
nossa iniciação.

Ao tentardes voo,
juvenil ardor
não gasteis em vão.

Tudo repousou:
o livro e a flor,
luz e escuridão.


Rainer Maria Rilke, in Os Sonetos a Orfeu

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André Kertész , 1969 (fonte aqui)