Já é Primavera há quase um mês, e eis-me aqui a segurar a caneca de chá com as mãos ( ambas as mãos seria redundante ). O calor vindo dela ainda é agradável. Finalmente uma manhã com tempo para leitura silenciosa; para avançar por entre palavras que falam de palavras, em Llansol: a liberdade da alma . É sempre preciso silêncio para ler sobre Llansol, para descobrir mais sobre aquela escrita luminosa e subtil e, especialmente, para me descobrir por entre ela, por entre o tempo que não existe, por entre a sua relação com a música, por entre a sua desmemória (Lucia Castello Branco diz: (...)Ora, se os nomes já não correspondem às coisas, é possível que as coisas possam enfim se mostrar em sua coisidade e em sua peremptoriedade inominável, inclassificável, intraduzível (...) , e eu respondo: sim, sim é isso!). É a aventura de que fala José Manuel de Vasconcelos (...) uso a palavra aventura um pouco no sentido em que as nossas infâncias eram agitadas por diversos «mundos de aventu...