Avançar para o conteúdo principal

Poema à noite #17

Esparsa

Não vejo o rosto a ninguém, 
cuidais que sou, e não sou. 
Sombras que não vão nem vêm, 
parece que avante vão. 
Entre o doente e o são 
mente cada passo a espia; 
no meio do claro dia 
andais entre lobo e cão. 


Sá de Miranda, in Antologia Poética 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

On reading

André Kertész , 1969 (fonte aqui)