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Pedaços de mim na fala dos outros #25

(...) que inquietação me criou, se tudo era sossego e silêncio, medida e equilíbrio, repouso e eternidade? (...)


Ernesto Sampaio, in As Coisas Naturais

Comentários

  1. já alguma vez reparaste que, a não ser entre amantes com um nível de intimidade já profundo, os humanos não conseguem estar no silêncio, na quietude? ou porque aborrece, ou porque é demente, ou porque é uma conduta que cedo se torna embaraçosa, etc?

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    Respostas
    1. Já reparei, sim, até porque já tive momentos desses (acho que todos já os tivemos). Talvez esteja relacionado com o quão nos sentimos confortáveis, com o quanto sentimos que o outro nos dá o espaço para sermos apenas nós. Daí que ele se possa encontrar em quem tem um maior grau de intimidade (e não só entre amantes, na minha experiência).
      Mas quando estamos sozinhos também temos tendência a procurar barulho, para 'nos distrairmos'.
      Eu começo a esboçar uma teoria: sentirmo-nos bem no silêncio, é sentirmo-nos bem connosco. :)

      (já iniciaste o Vida Secreta?)

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  2. ...ainda não. nem o Petróleo. as minhas leituras têm sido feitas lentamente, mais lentamente do que é desejável, se é que para isto de ler há velocidades, eheh. amanhã vou ao cinema, ver o último Tarantino, na terça trabalhar numa tela.

    tenho lido o Tuesdays With Morrie, um livro bem interessante e muito bem escrito. Mitch Albom. eu comprei este livro de Pascal Quignard precisamente porque vi ele muito bem elogiado por aqui. :) e já percebi que sim, que é bom autor(li um ou outro texto entre aqueles fragmentos). Obrigado :)

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  3. A velocidade desejável é aquela que é confortável. Não há cá regras para a leitura. :)
    Eu vou continuar a ler este do Ernesto Sampaio, e tentar ir ver Tarkovsky no cinema. Não me queixo. ;)

    Sim, Quignard é bom. Mas eu sou um suspeita, porque gosto muito.

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  4. ...aquele ciclo que a Medeia está a organizar? tu és de Lisboa, certo?

    também conto ir ver um ou dois do Tarkovsky, desse ciclo, no Porto.

    :)

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