Sentada como o lótus, não se deseja mais do que o que se tem.
A brisa na pele e no cabelo, e uma profunda ausência da necessidade de abrir os olhos. Tudo está preenchido.
De repente o vento pára. Como se me contornasse; só o ouço ao longe nas árvores.
O círculo fecha-se.
Quando finalmente os olhos se abrem, a brisa regressa. Regressa a terra castanha, a serra rosada ao fundo, as árvores erguidas para o céu transparente, os pássaros a esvoaçarem nos galhos - mas não parece um regresso, antes uma criação nunca vista.
E a luz. Os olhos enamoram-se dela; é ela que faz querer ficar.
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