Um pássaro veio e pousou no parapeito da minha janela. Do lado de fora olhou para mim, dentro do vidro.
A cabeça pequenina mudava de posição como um ponteiro de relógio a passar minutos; olhava-me de todos os ângulos como se não estivesse a entender. Que fazes aí? Porque não voas? Parecia conhecer-me por dentro e não me reconhecer por fora, neste corpo preso ao chão, dentro de uma gaiola de pedra.
Antes de voar olhou-me nos olhos e com eles disse: Transforma-te.
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