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O vazio da metamorfose

Jean-Luc Godard, Alphaville, 1965















Pedaço da mulher que fui.
A que era mais nova que esta de agora, mas que por ser passado se tornou velha. Agora a nova sou eu.
A idade não me reflecte, sou demasiadas num só corpo.

Pedaço da mulher que fui, que se cruzou comigo, ao longe.
E o vazio que se torna visível, quando reparamos que a metamorfose se deu.




Nous naissons de partout nous sommes sans limites.

Paul Éluard, Et Notre Mouvement

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