Está sentado no chão ao lado de um dos cafés da avenida como uma colagem.
Tem um saco azul do lado direito, uma taça amarela à frente. Encostado à parede do prédio, os joelhos levantados a servirem de mesa a um livro de biblioteca que folheia teimosamente sem olhar quem passa. Lê com a boca.
Dir-se-ia que o livro o faz esquecer-se dos outros e impede os outros de o olharem.
Não sei se alguém o vê para além de mim. Parece uma visão, a ocupar um espaço estranho.
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