E a chuva não caía, não havia «gotas que acrescentavam vidro ao vidro deformando as roseiras à medida que desciam». Mas os troncos caminhavam para trás na viagem de regresso a Lisboa, enquanto Lobo Antunes invocava fantasmas fechados numa gaveta feita de páginas. Na verdade, não sei se ele os invoca ou se são eles que o escolhem para lhes dar voz, mas deve haver qualquer tipo de transferência entre escritor e personagens, para que lhes consiga chegar tão fundo. Ler António Lobo Antunes não é para meninos; não é para quem gosta de ler histórias, mas para quem quer ler pessoas ( Os romances maus contam histórias, os romances bons mostram-nos a nós mesmos ). É para quem não tem medo de enfrentar o interior de personagens que espelham pedaços de nós (não nas acções; nas fraquezas, nos pensamentos que não gostamos de admitir nem a nós mesmos). É para quem não tem medo de não saber o que dizer dos seus livros, mas tem a coragem de mergulhar neles. Porque afinal, é impossível f
Os Dead Can Dance, para mim, sempre foram, desde o primeiro contacto que tive com o som, uma cena espiritual. Tal como muitos outros autores/bandas/músicos. Tu, pelos vistos, danças. Tudo bem. Também percebo esse sentido de dança, com Deus.
ResponderEliminarAh, sim, a dança tem muita ligação ao espiritual. É lá que tem as origens. :)
EliminarE está no nome deles e tudo ;)
Pelo nome, achei-o sempre um achado, dos exóticos. Só pelo nome já é cool tê-los no leitor mp3, perdão, naqueles tempos, no discman. :D
EliminarE eu que ainda sou do tempo das cassettes! :O
EliminarMas nesses tempos muito idos, ainda não ouvia Dead Can Dance. Embora tenha sido sempre muito cool, claro -_-
Oh, eu também me lembro das cassetes, e do vhs. etc. :)
EliminarQue dois velhotes :P
EliminarOra :)
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