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A mostrar mensagens de fevereiro, 2015

Das coisas maravilhosas que Mircea Eliade me deu

Constantin Brancusi - The Sleeping Muse (fonte aqui) Descobri Constantin Brancusi ao ler Eliade. Sinto que este senhor só me deu presentes. Sendo ele, talvez, o maior.

Da disposição #5

Do escrever

Para escrever, preciso esvair-me. Palavras a fluírem em mim e a escorrerem-me pelos dedos. A pingarem no papel. É um outro tipo de sangue, que dá vida quando sai. Há que mergulhar as mãos no coração.

O peso

Atrás de mim há o vazio pesado dos antepassados, e o rasto inverso que nos deixaram. Piso o chão onde eles caminharam. Vivo na casa que alguém construiu, como o pão que outro inventou; falo a língua que todos eles lapidaram. Existo apenas porque eles existiram. Sou uma emanação do passado – visito ruínas sabendo que estou em casa. Carrego aos ombros milhares, milhões de fantasmas.  Um cordão umbilical liga-me ao primeiro homem. O peso da História. É insuportável.

Ver

Com todos os olhos a criatura vê o Aberto. Só os nossos olhos estão como que ao contrário e envolvem-na toda como armadilhas em volta da sua saída livre. (...) Rainer Maria Rilke , A Oitava Elegia , in As Elegias de Duíno

Os deserdados

(...) Cada insensível rotação do mundo tem destes deserdados a quem não pertence nem o que foi, nem o que há-de seguir-se. Pois o que há-de seguir-se é longínquo para os homens. (…) Rainer Maria Rilke , A Sétima Elegia , in As Elegias de Duíno

A busca

V-B Os fugazes frutos as alegrias o tapete mágico o instante transfigurado o tilintar da sorte o bolso da esperança o som da queda a rosa do olhar Na busca heróica o martírio de prosseguir Ana Hatherly , V – Wer aber sind sie, sag mir, die Fahrenden , in Rilkeana

Recado #6

(fonte aqui)

Escrever para viver

(fonte aqui)

Da sabedoria

A pequena sabedoria é como a água num copo: límpida, transparente, pura. A grande sabedoria é como a água no mar: sombria, misteriosa, impenetrável. Rabindranath Tagore