Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2016

Do dia:

(fonte aqui) Steve Mccurry na  Barbado Gallery .

Da beleza #39

Between the Trees   Ellie Davies (fonte aqui)

Da disposição #32

Estava capaz de fazer uma fogueira. Apetece-te uma fogueira? Vou fazer uma fogueira. Estava capaz de rasgar o jornal de domingo aos bocadinhos e tentar não ligar aos anúncios. Estava capaz de acabar de cavar o buraco que estive a abrir no quintal. Estava capaz de fazer chá e tomar Vitamina C. Apetece-te uma chávena de chá? Estava capaz de dar simplesmente um passeio, Sem destino nenhum. Estava capaz de ficar muito sossegadinho a um canto, parando de inventar motivos para andar de um lado para o outro. Estava capaz de ter uma conversa contigo. Apetece-te uma conversa? Sam Shepard , in Crónicas Americanas

Poema à noite # 21

22 Somos quem se apresse. Do tempo a passada tomai-a por nada no que permanece. Tudo o que acelera foi depressa e vão, no que fica espera nossa iniciação. Ao tentardes voo, juvenil ardor não gasteis em vão. Tudo repousou: o livro e a flor, luz e escuridão. Rainer Maria Rilke , in Os Sonetos a Orfeu

(parêntesis) #48

Há dias assim: (fonte aqui)

Domingologia

(fonte aqui)

Do dia:

(fonte aqui)

Da disposição #31

(fonte aqui)

Poema à noite #20

19 Mude embora o mundo como as nuvens depressa, a perfeição regressa a um antes profundo. Sobre ir e mudar, vasto e livre dura teu ante-cantar, deus da lira pura. Ignoradas dores, amar sem saber quanto,  distâncias maiores que a morte não quebra. Sobre a terra o canto santifica e celebra. Rainer Maria Rilke , in Os Sonetos a Orfeu

Imagem terrível

É Rainer Maria Rilke quem, mais tarde, dará as mais belas e pertinentes expressões - tão materiais quanto possível, tão psíquicas quanto possível - de todos esses fenómenos; falará da paisagem em termos de reaparição e de «acção terrível e opressiva»; definirá a atmosfera em termos de contacto à distância: reconhecerá que na grisalha, nada é mais insignificante ou inútil, tudo conta, tudo participa; evocará a existência do terrível em cada parcela de ar, qualquer coisa que se respira com a sua transparência e da qual apenas os sonhos são capazes de traçar o desenho. O sopro indistinto da imagem. Didi Huberman , in Falenas

Música para domingo

Música à noite #60

Pergunta #16

natalia peris (fonte aqui)

Recado #28

É desnecessário saíres de casa para ver flores    Dentro de ti há flores e em cada flor milhares de lugares onde te sentares clarões de beleza sem fim dentro e fora do teu corpo antes e depois do jardim Kabir , in O Nome Daquele Que Não Tem Nome

Leitura matinal

Já é Primavera há quase um mês, e eis-me aqui a segurar a caneca de chá com as mãos ( ambas as mãos seria redundante ). O calor vindo dela ainda é agradável. Finalmente uma manhã com tempo para leitura silenciosa; para avançar por entre palavras que falam de palavras, em Llansol: a liberdade da alma . É sempre preciso silêncio para ler sobre Llansol, para descobrir mais sobre aquela escrita luminosa e subtil e, especialmente, para me descobrir por entre ela, por entre o tempo que não existe, por entre a sua relação com a música, por entre a sua desmemória (Lucia Castello Branco diz: (...)Ora, se os nomes já não correspondem às coisas, é possível que as coisas possam enfim se mostrar em sua coisidade e em sua peremptoriedade inominável, inclassificável, intraduzível (...) , e eu respondo: sim, sim é isso!). É a aventura de que fala José Manuel de Vasconcelos (...) uso a palavra aventura um pouco no sentido em que as nossas infâncias eram agitadas por diversos «mundos de aventu

Poppy

A flor de Morfeu.

Música à noite #59

A acompanhar-me no dia e na noite.

Foto - grafia em Lisboa

A olhar as estrelas.

Poema para o dia:

Today If ever there were a spring day so perfect, so uplifted by a warm intermittent breeze that it made you want to throw open all the windows in the house and unlatch the door to the canary's cage, indeed, rip the little door from its jamb, a day when the cool brick paths and the garden bursting with peonies seemed so etched in sunlight that you felt like taking a hammer to the glass paperweight on the living room end table, releasing the inhabitants from their snow-covered cottage so they could walk out, holding hands and squinting into this larger dome of blue and white, well, today is just that kind of day. Billy Collins , in Nine Horses

Da disposição #30

Do dia:

Do ventre da baleia ergui meu grito: Senhor! (dizer teu nome só é bom), Em fé, em fé o digo, mesmo com Um coração pesado e contrito Que és de tudo verdade e não mito, O coração do amor, de todo o dom, Conquanto seja raro o bem e o bom E toda a luz aqui me falhe, és grito Que chama toda a chama de esperança E acorda a luz que resta à réstia eterna,  Conquanto viva o mártir na espelunca Da vida (quem espera amiúde alcança)…: Possa o nazireu preso na cisterna Sofrer de ser só tarde mas não nunca. Daniel Jonas , in  Nó

Do dia:

  Andrei Rublev (1969),  Andrei Tarkovsky (fonte aqui)

Poema à noite #19

um sorriso que desliza do rosto para o resto do corpo em cada célula criando raiz um corpo que extravasa a pele que já não cabe nela por todos os poros jorra na esplanada a bondade exposta de súbita derrota os argumentos impostos as evidências torpes as razões dos mais fortes desarmado-lhes a vista arrebatando-os à vez Bénédicte Houart , in Vida: Variações III

Música à noite #58

Do texto

O mesmo texto que nos põe em perigo é o que pega em nós e nos faz ver. Hélia Correia , Como tocar no branco sem arder , in Llansol: a liberdade da alma