Defender tudo isto. Definir o encontro. A ideia do acaso que o não é, nunca foi, nem será. Encontro então o acaso.
De encontrão em encontrão descobrimos afinal a defesa: estar em tudo. Ou seja: ser tudo. Da porcelana ao acetato, do ácido à surpresa. Assim, acima (dentro/fora) de tudo e, afinal, em tudo: defender a inocência do acaso. da surpresa defendida, definida.
Encontrar afinal a totalidade num pequeno grão de areia: nele todas as sementes, todo o poder, todo o real, toda a cor, o gosto, o cheiro, o tacto, o som, a última visão. a terceira, o olhos na testa, o triângulo pleno de estrelas, a fechadura inacessível. O último e o primeiro.
Eduardo Guerra Carneiro, in Como Quem Não Quer a Coisa
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