Avançar para o conteúdo principal

Walt (W)hitman

I

I celebrate myself, and sing myself,
And what I assume you shall assume,
For every atom belonging to me as good belongs to you.

I loafe and invite my soul,
I lean and loafe at my ease observing a spear of summer grass.
My tongue, every atom of my blood, form'd from this soil, this air,
Born here of parents born here from parents the same, and their parents the same,
I, now thirty-seven years old in perfect health begin,
Hoping to cease not till death.

Creeds and schools in abeyance,
Retiring back a while sufficed at what they are, but never forgotten,
In harbor for good or bad, I permit to talk in every hazard,
Nature without check with original energy.


XXX

All truths wait in all things,
They neither hasten their own delivery nor resist it,
They do not need the obstetric forceps of the surgeon,
The insignificant is as big to me as any,
(What is less or more than a touch?)

Logic and sermons never convince
The damp of the night drives deeper into my soul.

(Only what proves itself to every man and woman is so,
Only what nobody denies is so.)

A minute and a drop of me settle my brain,
I believe the soggy clods shall become lovers and lamps,
And a compend of compends is the meat of a man or woman,
And a summit and flower there is the feeling they have for each other,
And they are to branch boundlessly out of that lesson until it becomes ominific,
And until one and all shall delight us, and we them.

Walt Whitman, Song of Myself


Walt (W)hitman, contratado para fazer pontaria à minha alma. E não falha.






Comentários

Mensagens populares deste blogue

Divagação #3 (sobre quartos)

O lugar perfeito para escrever sobre um quarto que seja seu, é na casa de outros. O dia propício, é aquele que inicia com um superior de hierarquia familiar a colocar-te  no lugar que, segundo ele, te pertence - o da obediência à sua vontade. Já repeti que por vezes os livros nos são tão próximos, que não há o que escrever sobre eles. Ou haverá, apenas não lhe sentimos a necessidade; são mais sentidos que pensados, se o posso dizer. Um quarto que seja seu , de Virginia Woolf, apesar de tudo, não é um desses. Não sei se existirão muitos livros que se aproximem com tanta perspicácia de questões que já coloquei sobre um assunto específico, de situações gritantes ou subtis das quais já me apercebi. Que retrate mesmo parte da minha realidade exterior. E ainda assim, leio-o sem grande emoção. Se calhar mesmo porque já pensei no mesmo; porque a situação da mulher na sociedade vem-me sendo mostrada a partir de casa, porque tenho bons exemplos das dificuldades colocadas às mul...

Solstício

(fonte aqui) O dia mais longo.

Da beleza #7

Na origem da beleza está unicamente a ferida, singular, diferente para cada qual, escondida ou visível, que todos os homens guardam dentro de si, preservada, e onde se refugiam ao pretenderem trocar o mundo por uma solidão temporária mas profunda. Fora de miserabilismos. A arte de Giacometti parece querer revelar essa ferida secreta dos seres e das coisas, para que ela os ilumine. Jean Genet , in O Estúdio de Alberto Giacometti Alberto Giacometti no seu estúdio em Paris (fonte aqui)