(fonte aqui) Eu não durmo, respiro apenas como a raiz sombria dos astros: raia a laceração sangrenta, estancada entre o sexo e a garganta. Eu nunca durmo, com a ferida do meu próprio sono. Às vezes movo as mãos para suster a luz que salta da boca. Ou a veia negra que irrompe dessa estrela selvagem implantada no meio da carne, como no fundo da noite o buraco forte do sangue. A veia que me corta de ponta a ponta, que arrasta todo o escuro do mundo para a cabeça. Às vezes mexo os dedos como se as unhas se alumiassem. (...) Nunca sei onde é a noite: uma sala como uma pálpebra negra separa a barragem da luz que suporta a terra. (...) Herberto Helder , Walpurgisnacht
Aposto que, se tivéssemos a possibilidade de ver o lado esquerdo, ou melhor, se houvesse um lado esquerdo da imagem, veríamos uma miúda gira lendo um Hemingway tardio, não é senhora Ana.crónica? :)
ResponderEliminarIsso agora fica no domínio da imaginação... não é senhor Diogo C.? ;)
EliminarAssim não vale! Digo, responder a uma pergunta com outra pergunta. :b
ResponderEliminarAhaha, é capaz.
EliminarMas como só há metade da fotografia, para ter a certeza, só esperando que apareça a outra parte. :P