Teolinda Gersão, Os Guarda-Chuvas Cintilantes |
Um amigo colocou hoje isto ao alcance da minha vista.
Eu li e pensei: Tenho de "roubar" isto.
Vivo num colete de forças que é a minha incapacidade de escrever. Mas mesmo aprisionada esbracejo necessidades de escrita.
Como se nada pudesse realmente ser se não for escrito. (Adão dando nome às criaturas...). Como se eu não fosse se não me escrevesse. Bem ou mal.
Como se nada pudesse realmente ser se não for escrito. (Adão dando nome às criaturas...). Como se eu não fosse se não me escrevesse. Bem ou mal.
"E então tudo se transforma em escrita (...)", e a escrita se transforma em tudo. E se te perdes nela, o teu nascimento transforma-se na tua morte. Mas a tua morte transforma-se em renascimento.
Talvez a escrita seja uma maldição, porque mesmo mandada às urtigas, ela nunca deixa de lá estar. Ela nunca deixa de ser aquele que escolheu.
Maldição maior será talvez amá-la e não ser por ela escolhida.
Maldição maior será talvez amá-la e não ser por ela escolhida.
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