E a chuva não caía, não havia «gotas que acrescentavam vidro ao vidro deformando as roseiras à medida que desciam». Mas os troncos caminhavam para trás na viagem de regresso a Lisboa, enquanto Lobo Antunes invocava fantasmas fechados numa gaveta feita de páginas. Na verdade, não sei se ele os invoca ou se são eles que o escolhem para lhes dar voz, mas deve haver qualquer tipo de transferência entre escritor e personagens, para que lhes consiga chegar tão fundo. Ler António Lobo Antunes não é para meninos; não é para quem gosta de ler histórias, mas para quem quer ler pessoas ( Os romances maus contam histórias, os romances bons mostram-nos a nós mesmos ). É para quem não tem medo de enfrentar o interior de personagens que espelham pedaços de nós (não nas acções; nas fraquezas, nos pensamentos que não gostamos de admitir nem a nós mesmos). É para quem não tem medo de não saber o que dizer dos seus livros, mas tem a coragem de mergulhar neles. Porque afinal, é impossível f
Viagens. :)
ResponderEliminar...interiores. :)
Eliminar(Por onde andas na blogosfera? Acho que já te perdi, aí pelos teus blogs labirínticos :P )
http://fimdecena.blogspot.pt
Eliminarcomecei este ontem. não garanto que dure, mas vamos tentar.
:)
Ahaha, ok. Enquanto durar, eu vou visitando.
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