De todas as vezes em que quis escrever sobre o Just Kids e não consegui, me lembrei de como a Patti Smith não conseguia escrever sobre Rimbaud na sua viagem a Charleville.
Por vezes estamos demasiado próximos; será isso?
Difícil ver as palavras a essa distância.
A Patti Smith cativou-me logo à primeira página com uma visão de infância a indicar que nascera para nomear o mundo. Em beleza.
O resto, é uma história de amor; amor por uma cidade e pelos seus artistas, pela vida criativa, pela arte; amor pelo crescer e encontrar-se. Amor pela pessoa que fez essa parte do caminho com ela, e a quem ela homenageia num livro-elegia de beleza delicada.
O livro tem para mim demasiados pormenores, demasiadas proximidades que não se despejam num texto, por muito que o desejasse.
Tudo o que eu escrever aqui não lhe fará justiça, por isso, se alguém me estiver a ler, vão antes ler o livro.
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